Novelo Vago é um trio de música contemporânea/improvisada constituído por Vera Morais, Teresa Costa e Inês Lopes. Seguindo as passadas de John Cage e de outros interessados em instrumentos alternativos, dedicam-se a escrever (e improvisar) música para instrumentos de brincar (como o toy piano), instrumentos que oficialmente não são considerados brinquedos mas que claramente o são (como o flautim), instrumentos cuja utilidade é bastante questionável (como a melódica, ou o ukulele baixo), e sex toys. Uma boa parte do seu repertório centra-se na poesia de Adília Lopes, Paul van Ostaijen, Alexandre O'Neill e Gertrude Stein.
A música deste toy ensemble tem sido amplamente elogiada e foi prontamente apelidada de "punk erudito" devido à sua estética DIY e performances impactantes. Estrearam-se em Amesterdão em janeiro de 2023 com um concerto na lendária loja de preservativos Condomerie. Em maio do mesmo ano lançaram o seu álbum/bootleg de estreia "Live in Porto - a protest in the form of an album". Desde então têm atuado essencialmente em espaços dedicados à música improvisada ou experimental, como o De Ruimte (Amsterdam, NL), Dokzaal (Amsterdam, NL), Hot Club (Gent, BE), Greesberger (Colónia, DE).
→ Data, hora e local do concerto a anunciar.
Novelo Vago is a contemporary/improvised music trio formed by Vera Morais, Teresa Costa, and Inês Lopes. Following in the footsteps of John Cage and others drawn to alternative instruments, they devote themselves to composing (and improvising) music for toy instruments (such as the toy piano), instruments that are not officially considered toys but clearly are (like the piccolo), instruments of rather questionable usefulness (such as the melodica or bass ukulele), and sex toys. A significant portion of their repertoire centres on the poetry of Adília Lopes, Paul van Ostaijen, Alexandre O’Neill, and Gertrude Stein.
The music of this toy ensemble has been widely praised and was swiftly dubbed “intellectual punk” due to its DIY aesthetic and striking performances. They made their debut in Amsterdam in January 2023 with a concert at the legendary condom shop Condomerie. In May of the same year, they released their debut album/bootleg “Live in Porto – a protest in the form of an album”. Since then, they have mainly performed in venues dedicated to improvised or experimental music, such as De Ruimte (Amsterdam, NL), Dokzaal (Amsterdam, NL), Hot Club (Ghent, BE), and Greesberger (Cologne, DE).
→ Date, time, and venue of the concert to be announced.
Vera Morais - Voz, instrumentos de brincar / Voice, toy instruments
Teresa Costa - Flauta, instrumentos de brincar / Flute, toy instruments
Inês Lopes - Toy piano, instrumentos de brincar / Toy piano, toy instruments
Vera Morais é uma cantora e improvisadora/compositora natural do Porto. O seu trabalho situa-se entre a música improvisada, o avant-jazz e a música contemporânea, sendo os seus principais pontos de interesse nestas músicas a permeabilidade entre composição e improvisação e as possibilidades extra-convencionais da voz a nível sónico e expressivo. Está atualmente sediada entre o Porto e Amsterdam (Países Baixos).
Apresenta-se regularmente em duo com o saxofonista Hristo Goleminov, com quem editou o álbum “Consider the Plums” (Carimbo Porta-Jazz, 2022); e com o trio Novelo Vago – um toy ensemble que co-lidera com a flautista Teresa Costa e a pianista Inês Lopes – com quem editou o álbum “Live in Porto: a protest in the form of an album” de forma independente em 2023.
Em fevereiro de 2024 estreou um novo ensemble a convite do 14o Festival Porta-Jazz, e com quem editou o álbum “é apenas um pouco tarde” (Carimbo Porta-Jazz). Encontra-se neste momento a trabalhar no álbum de estreia de EUPNEA, o seu ensemble de vozes e flautas.
É também cocriadora de dois projetos interdisciplinares: o coletivo LIÇO (com Mariana Anacleto, Teresa Costa, Beatriz Lerer Castelo e Diana Gil), e a performance “Galatea” (em colaboração com a cravista Katerina Orfanoudaki, a saxofonista Nicky Kokkoli, a cantora Maria Kritsotaki e a artista visual/ceramista Klaudia Kazmierczak).
Dirige o Queer Choir Amsterdam – uma iniciativa artística e social fundada pelxs artistas Rah Naqvi, Shreya de Souza e Mylou Oord – e é co-curadora do ciclo de concertos Improbellissimo com Raoul van der Weide. Integra também o coletivo Orbits, com quem organizou em abril de 2024 um festival de música criativa em Amesterdão.
Estudou no Conservatório de Música do Porto, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Politécnico do Porto) e no Conservatorium van Amsterdam. Em 2024 foi recipiente do prémio “Artista Revelação” da RTP/Festa do Jazz.
Teresa Costa é uma flautista natural do Porto cujo trabalho se reparte entre performance de música antiga, orquestral, contemporânea e projectos de natureza interdisciplinar.
Em 2021 terminou o mestrado em performance no Conservatório de Amesterdão. Em 2023 integrou a Academia Gustav Mahler e o ULYSSES Ensemble, tendo-se agregado ao Ensemble Intercontemporain no festival ManiFeste do IRCAM. Colaborou com a Royal Concertgebouw Orchestra, o Remix Ensemble Casa da Música, a De Nieuwe Philharmonie Utrecht, o Jong Nederlands Blazers Ensemble e a Residentie Orkest. Em 2021 colaborou com Maria Magdalena Kozlowska na co-criação de COMMUNE (teatro Frascati) e em 2022 fez parte do elenco de “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” (A Turma) com música composta por João Grilo e encenação de António Afonso Parra.
Está envolvida em projectos de música contemporânea e/ou original como duo Suzanne, Ladrem, pardais!, Sketch351 (artista em residência do festival Dag in de Branding), Vera Morais EUPNEA e Novelo Vago. Desenvolve performances para a infância com o colectivo Kleintjekunst. Faz parte de LIÇO, com quem investiga o cruzamento do canto a vozes com os ofícios da lã.
Em 2024 desenvolveu trabalho de criação no CURA, DAS Bologna, Associação Porta-Jazz e Teatro de Ferro; em 2025 na fábrica Cerâmica Rocha com o projecto “Ecos de Grés”. Participa nos últimos discos de André Júlio Turquesa, Guy Salamon, Fuensanta, Gabriel Milliet e Joana Raquel.
Inês Lopes (1995), pianista portuguesa residente nos Países Baixos, tem procurado nos últimos anos expandir a sua prática através da colaboração com compositores e/ou artistas de outras áreas, de projetos envolvendo instrumentos como toy piano e outros instrumentos de brincar, e mais recentemente, através da improvisação.
Colaborou com formações como o Remix Ensemble da Casa da Música e o Ensemble DME e é desde 2020 membro do grupo Sketch351, atualmente ensemble em residência no festival Dag in de Branding (Países Baixos). Com Novelo Vago, trio de voz (Vera Morais), flauta (Teresa Costa) e instrumentos de brincar que cruza linguagens contemporâneas com música improvisada, teve a oportunidade de atuar nos Países Baixos, Alemanha, Itália, Bélgica e Portugal. Inês fez também parte do Ensemble Mutante #1 – encomenda a Vera Morais para a 14ª Edição do Festival Porta-Jazz – com quem lançou o álbum “é apenas um pouco tarde” (Carimbo Porta-Jazz, 2024) e se apresentou no festival Austríaco Bezau Beatz e no AMR Jazz Festival (Genève). Recentemente Inês apresentou um set improvisado a solo na série “Pintotonics n+1” em Amesterdão.
Entre os anos de 2018 e 2022 focou-se no estudo de repertório para piano e eletrónica, trabalho que teve a oportunidade de retomar e continuar no contexto da sua residência com o projecto DME em Dezembro de 2024, onde trabalhou com o compositor Carlos Lopes e a artista Teresa Lopes.
Estudou no Conservatório de Música do Porto, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto) e no Conservatório Real de Haia (Países Baixos), onde estudou com a pianista Ellen Corver e tirou uma especialização em Ensemble Contemporâneo.