Inventada no século XVII, a Lanterna Mágica é um projetor primitivo que recorre a uma fonte de luz e a lentes de vidro pintadas à mão para projetar pequenos quadros coloridos — e que esteve na origem dos primeiros espetáculos audiovisuais (Fantasmagories) e do próprio cinema dos Irmãos Lumière. Neste espetáculo criado em parceria com a Elsa Cerqueira (Filosofia com Cinema para Crianças), Abi Feijó leva-nos numa viagem no tempo até às raízes do cinema, munido de placas de vidro originais com mais de um século de vida e outros objetos que fazem atualmente parte da Casa Museu de Vilar (Museu da Animação). Um espetáculo visual musicado ao vivo por Samuel Martins Coelho que, tendo como ponto de partida o violino, propõe uma sonoridade que erradia para universos abstratos e eletrónicos. Uma colaboração inédita entre o realizador e o multi-instrumentista proposta pelo Space Festival. 

Abi Feijó é licenciado em Arte Gráfica e Design pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Foi no primeiro Cinanima (1977) que descobriu as potencialidades artísticas do Cinema de Animação. Em 1984 frequenta um estágio no Office National du Film du Canada, sob a orientação de Pierre Hébert, onde realiza o seu primeiro filme Oh que Calma (1985). De regresso ao Porto funda, em 1987, a Filmógrafo - Estúdio de Cinema de Animação do Porto onde privilegia o filme de autor e uma abordagem artesanal do Cinema de Animação. Como Realizador, Abi Feijó explora diversas técnicas e aborda a escrita dramática com rigor. 

Samuel Martins Coelho tem feito um percurso de descoberta e constante reinvenção da sua linguagem musical. No seu trabalho atravessa vários géneros e universos musicais, desde a música clássica à música conceptual, experimental e à improvisação. A sua atividade artística desenvolve-se em nome próprio e em vários projetos, tais como EL RUPE (trio de jazz fusion), Pata Física (música eletrónica e spoken word), Estranhofone (esculturas sonoras), colaborando também nos projetos Ondamarela, Space Ensemble, MODS Colective, Escola do Rock Paredes de Coura, Gnomon, Hot Air Baloon, NACO, Miguel Ramos e Atic, tendo diversos discos editados. Nos últimos anos tem colaborado como diretor musical, compositor e instrumentista com companhias de teatro como Teatro Experimental do Porto, Máquina Agradável, Teatro Bruto, Comédias do Minho e Teatro Oficina. Desenvolve atividades com comunidades e lidera intervenções musicais criativas, dirigidas a crianças e ao público em geral. 

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Invented in the 17th century, the Magic Lantern is a primitive projector that uses a light source and hand-painted glass lenses to project small coloured pictures - and which was at the origin of the first audiovisual shows (Fantasmagories) and of the very cinema of the Lumière Brothers. In this show created in partnership with Elsa Cerqueira (Philosophy with Cinema for Children), Abi Feijó takes us on a journey back in time to the roots of cinema, armed with original glass plates that are more than a century old and other objects that are currently part of the Casa Museu de Vilar (Animation Museum). A visual show set to live music by Samuel Martins Coelho which, taking the violin as his starting point, proposes a sound that wanders into abstract and electronic universes. An unprecedented collaboration between the director and the multi-instrumentalist proposed by the Space Festival.

Abi Feijó has a degree in Graphic Art and Design from the Porto School of Fine Arts. It was at the first Cinanima (1977) that he discovered the artistic potential of animation cinema. In 1984 he attended an internship at the Office National du Film du Canada, under the guidance of Pierre Hébert, where he directed his first film Oh Que Calma (1985). On his return to Porto, he founded Filmógrafo - Estúdio de Cinema de Animação do Porto in 1987, where he favoured auteur films and an artisanal approach to animation cinema. As a director, Abi Feijó explores various techniques and approaches dramatic writing with rigour.

Samuel Martins Coelho has been on a journey of discovery and constant reinvention of his musical language. His work crosses various genres and musical universes, from classical music to conceptual and experimental music and improvisation. His artistic activity is carried out under his own name and in various projects, such as EL RUPE (jazz fusion trio), Pata Física (electronic music and spoken word), Estranhofone (sound sculptures), as well as collaborating in the projects Ondamarela, Space Ensemble, MODS Collective, Escola do Rock Paredes de Coura, Gnomon, Hot Air Baloon, NACO, Miguel Ramos and Atic, and he has published several discs. In recent years he has collaborated as musical director, composer and instrumentalist with theatre companies such as Teatro Experimental do Porto, Máquina Agradável, Teatro Bruto, Comédias do Minho and Teatro Oficina. He develops activities with communities and leads creative musical interventions aimed at children and the general public.

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